Certa
manhã da década de setenta, em Várzea
Alegre, Dudé, músico e professor, filho do mestre Antônio, chegou na bodega de
seu Zé Augusto e pediu a Alberto:
- Obeto, me dê um tapa pa tô te
cabeça.
O irreverente
Alberto ainda se preparou e fez menção de aplicar o golpe sugerido. Mas foi em uma
gaveta do balcão e apanhou o pedido do modesto
músico.
Em
verdade, com dificuldade na fala, sempre trocando algumas letras, o que o professor
de música Dudé desejava era uma capa,
sinônimo para comprimido à época muito usado em Várzea Alegre.
Contudo,
essa dificuldade não impedia Dudé de ministrar
aulas de música. Mesmo criando uma confusão inicial para os alunos, o professor, citando as notas musicais, falava:
- Repitam comigo, “Tó, ré, mi...”
- “Tó, ré,
mi...” – rediziam os atentos alunos.
Já
afobado, quase gritando, o professor insistia:
- Eu
falo “tó” porque sou dado, mas vocês é pra dizer “tó”...
Colaboração: Leônidas Siebra
Leite (Alberto)
(imagem Google)
Muito boa, meu anjo! Um abracinho
ResponderExcluirkkkkkkkk... muito boa.
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