Há
mais de cem anos, a latifundiária Fideralina Augusto Lima marcou a história
política de Lavras da Mangabeira e do Ceará. Com força, rigor e coragem, em
época e lugar onde prevalecia ainda mais fortemente a vontade masculina, aquela
destemida mulher comandou os destinos da região.
Em
certo domingo, do final do século dezenove, em uma concorrida festa ocorrida no sítio Tatu, uma
das muitas propriedades rurais de Fideralina, um juiz recém chegado à Comarca
de Lavras da Mangabeira passou o dia
dançando de rosto colado com uma
das filhas solteiras da temida Coronel.
Terminando a tarde, no final do evento festivo, o juiz se despedia de todos quando a
poderosa chefe política se aproximou e disse:
- Dotô, quero fazer outro convite.
- Muito
bem, Dona Fideralina. Terei muito prazer em voltar – afirmou o engomado e
formal magistrado.
- Já
que passou o dia “dançando de face” com
minha filha quero convidar Vossa Excelência para seu casamento com ela –
finalizou Fideralina, determinando um matrimônio que logo se realizou.
Colaboração: José Solário
Crispim (Bibi)
(imagem Google)
Nossa que mulher determinada de uma fibra forte tipicamente nordestina dessas que não levava desaforo pra casa.Ela fazia naquela época coisas que muitos homens que vestiam calças mais que não tinham a coragem dessa grande mulher que LAVRAS MANDOU PRA FICAR NA HISTORIA .
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