quarta-feira, 14 de setembro de 2011

469 - ROMPENDO O LACRE




         Era final da década de cinqüenta. Época em que ainda se casava sem qualquer experiência sexual. Como estava muito nervoso com o seu casamento, o jovem noivo comprou uma garrafa de cachaça para aliviar um pouco a tensão. Deixou a bebida ao lado da sua nova cama de casal a fim de tomar umas doses antes da lua de mel.

         Mas, pouco antes da celebração, a empregada fez a última limpeza e arrumação no quarto. Viciada, aproveitou para abrir a garrafa e tomar uns bons goles da cachaça.

         Passada cerimônia e recepção dos convidados, os noivos se dirigiram ao quarto do casal para consumar o casamento. A mãe da noiva, curiosa e preocupada com o passado ousado da filha, encostou o ouvido na porta do cômodo. Depois de alguns minutos sem ouvir nada, a sogra escutou o genro reclamar:

         - Vixe Maria. Já arrancaram o lacre. Aqui falta uns três dedos. – disse, segurando a garrafa.

         A sogra, desesperada, temendo pela reputação da filha, abriu a porta e falou:

         - Meu genro querido, não se preocupe não. As mulheres da família são assim mesmo, frouxas...


(imagem Google)
Colaboração: Carlos Leandro da Silva(Carlin de Dalva)

Nenhum comentário:

Postar um comentário