terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

543 - O QUEIJO DE SEU NATÉRCIO




Além  de lugar preferido para comprar carne, frutas, cereais e outros produtos, o mercado público de Várzea Alegre sempre funcionou como ótimo ambiente para encontrar amigos, conversar e saber as novidades da pequena e agradável cidade cearense.

Por muitos anos, um dos concorridos pontos de encontro do mercado foi a bodega de seu Natércio Vicente Andrade. Ali vários amigos se encontravam para uma boa e tranquila prosa. Entre os frequentadores do lugar se destacavam Expedito Fiúza e Eliano de João Miguel, também vizinhos do velho comerciante.

Certa tarde da década de oitenta, Expedito e Eliano conversavam encostados ao balcão da bodega. Enquanto seu Natércio atendia alguns clientes, Expedido cortava e comia fatias do queijo exposto à venda.

Em certo momento da conversa, ainda com a boca cheia, Expeditou Fiúza falou:

- Seu Natércio, se eu fosse pagar toda lasca de queijo que  já comi aqui o senhor ficaria bem de vida.

O conhecido comerciante, enquanto passava o troco a uma cliente, respondeu calmamente:

- Que é isso Expedito? Precisa pagar não. Pra eu melhorar de vida é só você parar de comer o queijo.


Colaboração: Fátima Andrade Bezerra
(imagem Google)

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Excelente resposta, com o o jeito simples e inteligente do nosso povo. Abraços, Dr. Rolim.

      Excluir
  2. Amei.. Obrigada Flavim.. Além dos seus causos, aqui contada serem motivos p boas gargalhadas, essa recordando o meu pai e o conhecendo com suas prosas.. morro de rir e de saudades!! Bjs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fátima...Nós que temos que agradecer pelo seu comentário e pelo exemplo de inteligência e sagacidade do seu querido e saudoso pai. Abração.

      Excluir