sexta-feira, 9 de novembro de 2012

673 - SEM A FARTURA DO PRÉ-SAL (Pedra de Clarianã há dois anos)




          Minha avó materna Maria Amélia deixou para os seus descendentes exemplos de solidariedade, otimismo e também de muita economia. Com os parcos proventos de professora ela pagava as despesas normais da casa e ainda mantinha reservas para socorrer um parente ou amigo em dificuldade.

           Nos anos oitenta, em Fortaleza, saudosa época em que morei com minha querida avó, certa manhã escutei um barulho estranho vindo da cozinha. Ao chegar próximo ao fogão me deparei com uma cena bizarra e nada recomendável. Gilza, funcionária da casa, açoitava violentamente o tambor de gás com um chileno. Parecia cena de tortura no temível e desumano “pau-de-arara”, com o infeliz recipiente apanhando e agonizando de cabeça para baixo.

          Assustado com a perigosa atitude eu perguntei à paciente empregada:

           - Gilza, o que é isso? O que foi que esse pobe fez?

           - Já disse que secou. Mas Dona Maria quer que eu tire à força um resto de gás que tem dento do tambô

(imagem Google)

3 comentários:

  1. Prezado Dr. Flavio Cavalcante.

    Na minha casa, no Sanharol, cansei de ver cozinharem as pilhas velhas do radio com a finalidade de recarregá-las.

    Quanto ao Pré-sal eu sempre disse que antes do Pre-sal tinha uma camada de lama. Infelizmente é vero.

    Grande abraço.

    Antonio Morais

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    1. Caro Morais, eu conhecia a técnica de por as pilhas na geladeira, mas cozinhar pra mim é novidade...rsrsrs
      Grande abraço e obrigado pela visita.

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  2. Pois é verdade Doutor! Ana de Raimundo Pretinho botou as pilhas para cozinhar?recarregar e, determinada hora Raimundo Pretinho descobriu a panela e recomendou: Ana tenha cuidado se não os meninos vão comer essas pilhas.

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