O
meu primeiro e frequente endereço está encravado na Rua São Raimundo, em Várzea
Alegre, no semi-árido nordestino. Aquela
curta, estreita e irregular via, por muitos anos serviu de caminho para
a cadeia pública da cidade, por isso ganhou o contraditório apelido de “Beco da
Liberdade”.
Se
na minha querida cidade natal também há outras ruelas famosas como o folclórico
Beco de Gobira, outros municípios
cearenses também possuem vielas célebres, como o Beco do Cotovelo de Sobral , o Beco
da Marezinha de Aracati, ou o Beco da
Poeira de Fortaleza.
Sempre
que pessoas oriundas de regiões distantes visitam Várzea Alegre voltam muito bem
impressionadas com a simpatia e o acolhimento do povo simples do sertão. Estranham,
porém, o uso de expressões do original linguajar cearense.
Certo dia, um visitante oriundo da região sul
do Brasil, em passeio pela cidade cearense, conversava com Alberto Siebra, simpático
e irreverente dono de Bar, quando, de repente, o comerciante disse:
- A conversa tá boa, mas vou pegar o beco.
Sem
compreender , o visitante perguntou:
- E
como se faz para “tocar o beco”?
Vendo
Alberto deixar o local, o visitante demorou a entender que no bem-humorado
dicionário cearense, a expressão significa “ir embora”, “seguir para casa”.
(imagem Google: http://4.bp.blogspot.com/_CpsXc6RrsBU/S0o5d1LsCpI/AAAAAAAAAOw/ZG9Mk9pJFac/s400/cearense2.jpg)
E É TAMBÉM POR ESSA EXPRESSÃO(PEGAR O BECO),QUE A RUA DA SUA INFANCIA,FORA CHAMADA DE BECO DA LIBERDADE. PORQUE QUEM SAI DA CADEIA PEGAVA O BECO DA LIBERADE. OU SEJA PARA QUEM SAIA NÃO HAVIA CONTRADIÇÃO NENHUMA EM CHAMAR RUA DA LIBERDADE
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