Encontradas
desde Roma e Grécia antigas, as feiras livres sobreviveram bravamente até os
tempos atuais. Diariamente, nas ruas de todas as cidades, vendedores e
compradores exercitam a milenar arte de negociar, discutindo diretamente o
preço dos produtos expostos em barracas.
Por
vários anos da década de setenta e oitenta, em Fortaleza, minha querida avó
Maria Amélia frequentou a movimentada feira do bairro Jardim América. Ali se
tornou conhecida pelos barraqueiros e demais clientes por sua simpatia,
cordialidade e economia.
Certa
manhã, após pedir e não conseguir desconto em um quilo de batata doce, minha
avô, usando um meio alternativo de pechinchar, pôs a mao dentro do saco da batata
e falou:
- Meu
filho, então me dê mais essa de agrado...
O
experiente barraqueiro, acostumado com o espírito regateador da cliente, relutou:
-
Mas dona Maria, essa batata aí pesa quilo e mei...
Colaboração: Paulo Danúbio Carvalho Costa
(imagem Google)
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