Embora
contasse muitas e boas histórias do tempo em quem serviu o exército em
Fortaleza, nesse período o indisciplinado Antônio Ulisses não teve vida fácil.
Como todo soldado, além dos puxados treinamentos, foi escalado para outras
atividades externas, como limpeza das ruas e podagem das árvores das movimentadas
avenidas da capital cearense.
Sempre
que deixava o quartel para realizar essas tarefas, conterrâneos que passavam
pelas ruas de Fortaleza flagravam o trabalho duro e mexiam com o suado e cansado soldado
varzealegrense:
- Eita Antônio Ulisses, pensou que a vida
do quartel era moleza, né?
- Vai
aprendendo, Antônio Ulisses. Segura direito no cabo dessa enxada, hômi.
No
início da década de setenta, cumprido o serviço militar obrigatório, Antônio
Ulisses voltou para sua cidade natal, Várzea
Alegre, onde logo passou a trabalhar como secretário e motorista do seu avô, o
usineiro de algodão Dirceu de Carvalho Pimpim.
Na
nova função, dirigindo o Jeep do Coronel Dirceu, Antônio Ulisses viajava frequentemente para
Crato e Juazeiro, onde seu patrão-avô mantinha vários contatos comercias.
Numa
dessas viagens, o Coronel Dirceu tratou de negócios na usina dos Bezerras em Juazeiro
do Norte e aproveitou para deixar seu Jeep
em uma oficina de manutenção de veículos. Na terra de Padre Cícero, ao saber
que o importante cliente estava sem carro, o empresário, deputado e futuro
governador do Ceará, Adauto Bezerra, colocou seu famoso e luxuoso veículo Dodge à disposição do Coronel Dirceu.
Já
de volta a Várzea Alegre, no lotado Bar de Nego
de Aninha, tomando uma gelada cerveja no fim da tarde com seu amigo de
infância e comerciante Alberto Siebra, Antônio Ulisses, em voz alta, comentou:
- É
danado, Alberto. Quando eu tava no serviço duro do quartel em Fortaleza toda hora eu
encontrava uma pessoa daqui. Ontem eu passei o dia inteiro no Dodge do Coronel Adauto e num vi um
cristão daqui. Dirigi de cabeça pra fora, gastei o tanque de gasolina do carro
do Deputado e num topei com um
varzealegrense por lá...
Colaboração: Alberto Siebra
(Imagem Google)
Essa e dez, mais não se engane não que v alegre e assim mesmo, flavio vejá só eu tenho 18 anos de trabalho um dia desses eu fui em v alegre no meu carro ai fui tomar um café num luga lá e dono disse eita negão ta rico ai eu disse que nada, ai ele diz deve tá roubando muito por lá. abraço.
ResponderExcluirflavio essa hitoria ai acima aconteceu comigo ivanildo.
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