Recentemente,
Ronaldo Nazário, o nosso fenônemo do futebol, protagozinou uma peça
publicitária sobre a importância do registro de nascimento. Patrocinada pelo governo
federal, a campanha visa garantir que crianças e adultos possuam o registro de
nascimento.
Se ainda
hoje, com maior acesso a informações, existem
milhares de pessoas sem registro, imagine há cerca de setenta anos no sofrido
sertão nordestino.
Em
um fim de tarde da década de trinta, depois de um dia de estafante trabalho,
uma casal da zona rural de um pequeno município cearense conversava na calçada
da sua modesta residência quando um dos seus vários filhos apareceu na porta.
A
agricultora, amamentando uma filha no colo, referindo-se ao garoto seminu que surgira
na entrada da casa, perguntou ao marido:
- Zezin
tá dento dos cinco ano. Num tá na hora de ir na rua* tirá o documento
desse mininu ?
O
modesto agricultor, pitando um cigarro de fumo, lembrando-se com tristeza de outro filho
que morrera dois anos antes, sugeriu:
-
Carece não, muié. Rumbora aproveitar
o registro de chiquin que pegou quebranto* e morreu ano retrasado.
* ir na rua é o mesmo que ir à
cidade, á sede do município.
* Quebranto tambem siginifca estado
mórbido atribuído pela crendice popular cearense ao mau-olhado.
(imagem Google)
Dr. Flavim, meu nome de batismo é: ANTONIA, no registro é: ANTONIA, a Várzea Alegre inteira me conhece por: ARTEMÍSIA. A cultura da época e do lugar era: batisa por "fulana" e chama de "sicrana", pois bem, quando fiz o título de eleitor, aos 18, veja que trauma, descobri meu verdadeiro nome!
ResponderExcluirEsta história está escrita em "palavras palavras", é só conferir.
Oi Flavim,um belo texto,quero dizer que estava sem NETE.Parabéns e um abraço.
ResponderExcluirLuiz Lisboa.