terça-feira, 14 de junho de 2011

407 - DANÇA POR MINUTO



           No final do ano passado, a professora aposentada varzealegrense Maria Gomes Fiúza, conhecida como Brazão, viajou à Fortaleza para visitar a família, principalmente seus queridos filhos Jefin e Homero.

          Durante o passeio na capital alencarina, o cunhado Medeiros convidou Brazão e os filhos para irem ao Alpendre da Vila, bar e restaurante onde os frequentadores curtem a saudável e prazerosa dança de salão.

          Naquele movimentado estabelecimento,  preferido pelos animados grupos da terceira idade, rapazes se oferecem para dançar com as senhoras desacompanhadas, cobrando um real e cinquenta centavos por cada música. Ciente de que a professora sempre gostou de dançar, Medeiros disse:

          - Brazão, pode ir para o salão que eu pago a dança.

         Horas depois, surpreendido com a interminável disposição da cunhada, Medeiros pediu a Homero que fosse chamar a mãe que não mais se aproximara da mesa.

          Com o retorno da professora, Medeiros pediu a conta e se espantou com o valor cobrado pelas danças, dizendo:

         - Eita Brazão, da próxima vez eu vou pedir a banda que só toque Samarica Parteira e A Triste Partida*.



* longas músicas do repertório de Luiz Gonzaga com duração de cerca de dez minutos cada.

Colaboração: Klébia Fiúza

(imagem Google)

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