quarta-feira, 29 de junho de 2011

417 - O PREÇO DO BANHO


          As modernas regras de direito determinam que o consumidor não pode ser prejudicado com a falta de troco pelos estabelecimentos comerciais. Em algumas cidades, na falta de troco, a lei isenta o passageiro do pagamento da tarifa do ônibus.

          Por muitos anos, na pequena e aprazível Várzea Alegre, a barbearia de Vicente Cesário, além do tradicional corte de cabelo, também oferecia o serviço de banho. O barbeiro cobrava dos clientes pelo uso do úmido e escuro banheiro localizado no subterrâneo do prédio.

          Certa tarde, um cliente, ainda molhado, voltou do banho e entregou a Vicente Cesário uma nota de cinco cruzeiros para pagar o valor de três cruzeiros pelo uso do banheiro. Ao receber o dinheiro, o velho barbeiro disse:

         - Tou sem dinheiro miúdo. Num tem troco.

         - E agora, seu Vicente ? O senhor tem que dar um jeito... – reclamou o cliente.

         O conhecido barbeiro, sempre com respostas na ponta da língua, sugeriu:

        - Desça de novo e tome o troco de bãe ...



Colaboração: Antônio Carlos Holanda
(imagem Google)

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