quinta-feira, 28 de julho de 2011

437 - TELEFONE GRAMPEADO




Atualmente no Brasil há muito mais celulares que habitantes. A telefonia móvel invadiu o país, permitindo a comunicação rápida  entre pessoas de diferentes e distantes regiões. 

Mas nem sempre houve tanta facilidade. Quando na década de oitenta morei em Fortaleza, minha querida avó Maria Amélia mantinha o seu movimentado apartamento com os parcos proventos de professora aposentada. Com muita economia, equilibrava o orçamento doméstico e ainda guardava uma reserva.

Entre as várias despesas controladas se destacava o gasto com o telefone. Para limitar as ligações, o antigo aparelho permanecia bloqueado com um cadeado afixado no disco. A chave permanecia no bolso do vestido da simpática e esperta velhinha até quando ela dormia.

Certo dia, saí cedo da manhã para o colégio e de lá segui para o campo de futebol. Me entreti com os amigos e perdi a hora. Só voltei para a casa já proximo ao final da tarde. Ao chegar, fui recebido à porta com a reclamação da minha avó:

- Flavin, eu fiquei muito preocupada, onde você tava esse tempo todo? Eu já ia fazer uma carta contanto tudo pro seu pai...

Mesmo conhecendo o rígido controle do telefone de minha querida avó, me surpreendi:

- Vovó, nem para avisar que eu tava sumido a senhora ia gastar um interurbano pra Várzea Alegre....


(imagem Google)

2 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrrsrsrsrsrsrs
    lol lol lol lol Isso que é economia! Quando a carta chegasse , depois de três, quatro dias...
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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  2. Rsrsrs...muito mais barato por carta, sem comparação, menino! Rsrsrs

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