domingo, 13 de janeiro de 2013

702 - A REMUNERAÇÃO DE PELÉ (Pedra de Clarianã há dois anos)



         No final da década de 90, Antônio José de Souza, conhecido músico varzealegrense de apelido Pelé, recebeu convite para acompanhar o cantor e compositor cearense Neo Pi Neo em uma turnê pela região sudeste do Brasil.

        Como também era servidor público municipal, para regularizar o afastamento, Pelé recebeu orientação de Francisco Alves Bezerra(Talvan), à época responsável pelo setor de pessoal da prefeitura de Várzea Alegre:

        - Pelé, pra essa viagem você pode tirar uma licença sem remuneração.

        Com pouco conhecimento na área administrativa, o simpático e extrovertido trompetista indagou:

        - E é bom sem essa remuneração?

        - Claro que é. Do jeito que você precisa – finalizou Talvan.

       Com a licença rapidamente concedida, Pelé viajou despreocupado e passou cerca de três meses tocando na banda do Neo Pi Neo. No entanto, o serviço extra não rendeu ao músico o dinheiro esperado, mal cobrindo as despesas do período.

        Ao retornar, Pelé se dirigiu imediatamente ao banco para sacar os salários acumulados nos meses da viagem. Porém, para sua surpresa, seu saldo era negativo. Decepcionado, da casa bancária o músico seguiu direto para o departamento de recursos humanos da prefeitura, onde reclamou:

       - Talvan, você num me disse que a licença sem a tal de remuneração era boa? Fui no banco e num tinha nadinha meu lá.

      - Claro que não podia ter, Pelé. A licença sem remuneração é sem vencimento, é sem salário – explicou o funcionário.

      - Vixe. E é? E eu achando essa palavra bonita, certin que sem remuneração era “sem preocupação”.



Colaboração: Antônio José de Souza(Pelé)

(imagem Google)

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