Na
segunda metade do século passado, em um final de tarde de domingo, um
agricultor de Várzea Alegre foi visitar o amigo Zé, um vizinho com quem gostava de conversar e pitar uns cigarros
de fumo. Os dois se encontraram, sentaram em um velho banco de madeira e
passaram a prosear em frente à casa.
Logo
no início da conversa, o visitante observou o amigo preparando um cigarro de fumo
e pediu:
- Cumpade Zé, me empresta o fumo. Saí apressado e esqueci o meu Só Quero Este* em casa, em cima da
mesa...
Já
cortando o fumo recebido, continuou:
- Me
dê o teu papel aí, Zé. O meu ficou em
cima da mesa...
Passando
a língua no papel para fechar o cigarro de fumo, o visitante prosseguiu:
- Cumpade Zé, me empresta aí teu isquêro também. O meu dexei em riba da
mesa...
Já incomodado
com o abuso do vizinho, Zé propôs:
- Na
próxima vez n’era milhó você trazê a mesa?
* marca de fumo bastante
consumida no centro-sul cearense
Colaboração: Carlos Leandro
da Silva (Carlin de Dalva)
(imagem Google)
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