Há
alguns anos, na zona rural de Várzea Alegre, acolhedor município do sertão cearense, um
velho e desgostoso agricultor, fechando um cigarro de fumo, queixava-se com a
esposa acerca do descontrole dos filhos rapazes no consumo de bebida alcoólica:
- Muié, por meu padin pade Ciço. Até quando esses minino vão bebê desse jeito? Num tem
alambique que dê conta da sede deles...
Em
certo momento da conversa, percebendo a contrariedade do marido, a madura
esposa buscou confortá-lo. Apontando para um senhor que se aproximava bem
devagar, falou:
-
Zé, meu marido, nós somo duma famia
opiniosa. Quando quer dexá de bebê, deixa. Num tá veno ali ti Joaquim. Só foi
dizê que num bebia mais, nunca mais bebeu. Tem oitenta e nove ano e já faz três mês que num bota um copo de bebida na boca...
Colaboração: Paulo Danúbio
Carvalho Costa
(imagem Google)
ResponderExcluirÉ Danúbio,eu quando completar 88 vou beber o aguardente de uma garrafa de 88 e vou parar.Muito boa. Rsrsrsrs.Flavim, o Pedra de Clarianã é o meu colírio diário.
adoro esses causos.lembro-me de um parente meu.
ResponderExcluirfatima de tio joão.