sexta-feira, 3 de junho de 2011

400 - A VENDA DO JEGUE



         No sertão caririense, na bucólica Várzea Alegre, terra cuja irreverência do seu povo já foi cantada por Luiz Gonzaga, Rei do Baião, uma conversa despretensiosa, um papo informal, uma resposta ou qualquer prosa simples costuma se transformar em uma divertida história.

          Certa tarde de sábado, no final do século passado, no sítio Boa Vista, na bodega de Chico Inácio, os agricultores Zé Branquin, Antão de Zé Gonçalves e Gabriel tomavam uns goles de cachaça e comentavam sobre a estiagem que assolava a região. De repente, Zé olhou para um dos amigos e disse:

         - Antão, o tempo é de seca e de caristia. Me compre meu jumento...

         Depois de várias indagações sobre as características do animal identificado com a paisagem nordestina, Antão ainda perguntou:

         - , e ele é disposto?

        Já aborrecido com as inúmeras perguntas e percebendo o pouco interesse do amigo no negócio, Zé respondeu:

       - É sim. É corajoso demais. Tem coragem de drumi a noite todia sozin na roça e nem carece você ficá com ele...


Colaboração: Antônio Alves da Costa Neto

(imagem Google)

Um comentário:

  1. Olá Flavio este blog nos ensina a historia da nossa gente, a respeitar nossos custumes e a valorizar as nossas raizes principalmente para juventude que desconhece a cultura e a sabedoria do nosso povo.Pois bem ZE BRANQUIM é o meu sogro gostei muito dessa historia e ele também vai gostar de saber que o simples agricultor do sitio atoleiro também faz parte dos momentos comicos perém historico e cultural da nossa terra.Parabens pela sua inicitaiva de valorizar estes atistas de nossa querida varzea alegre.
    Cicero Cabral- Leitor do blog

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