Após fraca feira no mercado de carnes de Várzea Alegre, o açougueiro Luizão de Pajé decidiu dar uma volta no Engein Véi, zona do baixo meretrício da pequena cidade do interior cearense. Naquele sábado da década de setenta, sofrera grande prejuízo, pois só negociara metade do porco exposto no açougue, e parte considerável da venda ainda foi fiado.
Era noite e no cabaré havia intenso movimento. Em um dos bares, casais dançavam ao som da música de Bartô Galeno: “No toca-fita do meu carro, uma canção me faz lembrar você. Acendo mais um cigarro e procuro esquecer você...” Sentado em um canto, com cigarro de fumo no canto da boca, Luizão bebia umas pingas, observando as mulheres do lugar. Lá pelas tantas, após seguidas recusas das prostitutas mais antigas, o açougueiro finalmente acertou com uma jovem e a levou para o quarto.
No pequeno aposento, a mulher, seminua, logo se deitou, enquanto Luizão de Pajé, de costas, despia-se e pendurava as roupas em um cabide. Quando o açougueiro se virou para o lado da cama, a prostituta pôs as mãos no rosto, e, assustada, perguntou:
- Vixe, Luizão. Isso tudo é pra eu?
O conhecido açougueiro, com cerca de dois metros de altura, respondeu:
- Do jeito qu’eu tou mole hoje, num dá trabai ser pra eu...
Colaboração: Francisco Fiúza Bitu (Titico)
(imagem Google)
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